Conto Gay – Como perdi a virgindade

Quando fazia faculdade em Curitiba, morava com um companheiro conterrâneo chato, que queria colocar um amigo pra rachar as despesas. O cara até tinha boa aparência e educação, mas era fingido, aliás, literalmente hipócrita, o primeiro que conheci sem sombra de dúvida: Falava mal de todo mundo, com sarcasmo e ironia pretensamente eruditos; mesquinho, combinava bem com ele, que vivia me irritando por falar sem parar.

Como meu primo também foi transferido pra City-Q-Ri, convidei-o pra morar junto. E pedi diplomaticamente a meu companheiro para se mudar, o que o fez argumentar ainda mais, até que fiquei de saco cheio e mencionei que o contrato estava em meu nome, não adiantava discutir.

Sugeri que fosse morar com seu “amigão”, pois tinham tantas afinidades; porém, foi rejeitado; para sua surpresa e decepção. Então, dei um tempo, auxiliei-o achando outra kitchenette no mesmo prédio: ele adorou, pois era maior e poderia escolher com quem dividir.

Meu primo chegou de farda todo emochilado e com um saco porta-barracas que carregava como se fosse um pacote de mercado. Largou tudo, me ergueu num abração e agradeceu a chance. Por ele ser de um casamento anterior, só o conheci adolescente, e, só agora nos conheceríamos melhor, mas, na pior das hipóteses, ele seria bem melhor que os outros.

Apesar de encorpado e bonito, era bem tímido, mas colaborador e atencioso; tinha sido escoteiro e optou pela carreira militar. Cozinhava, lavava e passava, além de me auxiliar na limpeza do apê e compras. Muito estudioso, estranhava meus colegas e algumas amigas meio irresponsáveis.

Meses depois, no meu aniversário, com auxílio deles, preparou-me uma surpresa: Além do bolo, me deram uma calça chino camuflada cinza-escuro e um blazer verde-mochila; e, por unanimidade, fiquei “mais estiloso”. Depois da “excitante” festinha, fomos à sessão da meia-noite, mas ele apagou no meu ombro, então o beijei e abracei.

Em casa, esgotado, o marmanjo queria dormir de roupa, então o auxiliei. Disse que eu era o melhor amigo que já teve, que me amava e pediu prá eu deitar a seu lado só um pouquinho: Claro, também amo você, lindão… desde que o conheci. Sério?… Então… tenho… chance?… E me deu um beijão. De aniversário…. e outro… de amor…E apagou.

Cada dia ficava mais atencioso e afetuoso. Quando engessei o braço, após escorregar na escadaria do prédio, virou enfermeiro e me dava até banho; pra não falar dos sanduíches e sopinhas especiais que aprendera, até lia estorinhas ao pé do ouvido para eu dormir. Me acostumei a acordar em seus braços, e ver seus tímidos olhinhos claríssimos como o céu.

Agora eu tinha um companheiro que gostava mesmo de mim, me sentia com um irmão caçula, privilegiado pela reciprocidade afetiva. Depois que tirei o gesso, fiz questão de dar-lhe muitos banhos, com a mesma paciência e carinho. Aí o bebezão chorou. Disse que não merecia, que eu cuidava dele bem demais. Beijei suas lágrimas e disse que gostava de cuidar dele. Você me dá mais carinho que meus pais. Você é o irmão que Deus me deu. Sabe Pedrinho… tenho… atração… por você amigão! Eu também, bobo. Tudo bem, priminho. Atração… física. Tudo… bem?… Não sei o que dizer… E me deu um beijo suave que instintivamente correspondi.

Quero namorar você. Sabe… já me perguntaram se somos irmãos e até se namoramos. Desculpa, não quero envergonhar você; vou arrumar minha bagagem. Pára! Eu aceitei você inteirinho, mesmo sendo… talvez… gay?… Bem… namorei uma vizinha e um colega no quartel… quase ao mesmo tempo. Tô passado, garoto! Eu, com quase 24, continuo virgem. Amo você como homem. Mas você me ama como amigo; é isto!! Depois de meus pais, só dá você na minha cabeça e no meu coração: Patrick!… Patrick!…Patrick!… disse-lhe chorando.

Ele ficou me abraçando. Nunca passei por isto… É muito difícil entender… Eu sei, amorzinho; apesar da experiência, tô com a mesma agonia. Podemos… devagarinho… reaprender sobre nós mesmos? Claro!… Então você aceita meu pedido? Pedido aceito e protocolado, soldado lindão!

Em silêncio, sem pressa, seus olhos me examinavam maravilhados; os meus, idem! Então me carregou correndo pelo apê, gritando: Como sou feliz! Feliz! Feliz!

Uma noite de final de outono, na volta de uma palestra, discutíamos o assunto, ele colocou o braço sobre mim, me beijou o rosto e disse que tava com muito tesão; paramos na penumbra das árvores da alameda, me abraçou forte e beijou-me demoradamente. Até chegarmos, não parou de abraçar, enquanto repetia sussurrando:

Amo você!… Amo… Amo… Eu adorava, mas não compreendia o que um cara bacana como ele, via num magro mais velho.

Despiu-me sem pressa e colocou-me na cama; pulou em seguida. Deitou-se ao lado de costas pra mim e me puxou até encostar. Deixou que eu o invadisse e logo teve seu clímax. Eu, nervoso e insone.

Quase três meses depois, era só o que acontecia: ele se satisfazia e eu me frustrava. Até que uma manhã de domingo, acordei ouvindo o repuxo da praça, e ele estava beijando meu sexo. Relaxado, sonolento, deixei-o brincar imaginando estar sonhando. Até que tive um orgasmo surpreendente e fiquei assustado. Shh!… Tá tudo bem, Pedrinho… É assim mesmo…

Descanse mais um pouco, até eu preparar o café. Te amo, Patrick!

Apesar das condições imprevisíveis, aconteceu como eu imaginava: com alguém que eu amava e, o principal, que dividiria toda sua vida comigo sem arrependimentos.

1 comentário em “Conto Gay – Como perdi a virgindade”

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